domingo, 28 de dezembro de 2014

quando rompe
a aurora,
o amanhecer declara
pra quem quiser
ver
que a vida é agora
e
não há
tempo à perder

menina-bonita-do-vestido-de-fita-na-noite-azul

a noite brilha azul escuro
e quando faltam estrelas no céu
teu nome no papel 
é o que eu procuro

pois se na noite esquecida
me falta cor
que na minha vida-quase-vida
não me falte teu amor

não te anistio da responsabilidade
- embora eu seja dona de mim -
te culpo, sim,
por essas saudades

vê se dá um telefonema
ou um aceno de mão,
enquanto eu faço esse poema
pra afastar a solidão

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

acaso do ocaso

ainda intrigada
com a lógica solar
que ao entardecer desaba
para a lua brilhar

domingo, 21 de dezembro de 2014

b-o-r-b-o-l-e-t-a

por que te encobres nas tuas asas
coloridas
e te escondes?
acaso achas que voar pra casa
-ou pra mais longe-
te tirará do meu pensamento?
minha cara amiga
teu doce mel
- que teve florescimento
na primavera ida -
faz no meu peito um lamento
sobre tua partida
levando tanto sentimento
na bagagem contida
- que é a matéria do esquecimento.
nobre amiga
querida
flor de vida
não bata asas,
faça de mim
tua casa
te escondas em minhas frestas
te cubras com minhas arestas
te prometo amor sem fim
mas pelo amor
da tua pele
do teu gosto
e sabor
não te apartes de mim
braços que abarcam o mundo
-sem apertar-

mãos que tocam o fundo
-sem me molhar-

olhos que enxergam o profundo
-sem sequer olhar-

peito demasiado fecundo
-a se auto-cultivar-

sou muito mais do que meu corpo
pode aguentar

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


As perdas das coisas, confesso que nunca me importaram muito. Mas as perdas das pessoas sim, doeram e, em alguns casos, deixaram um buraquinho muito difícil de preencher. Mas, bom, este mundo está armado assim, é um tecido de encontros e desencontros, de perdas e ganhos e o melhor dos meus dias é o que ainda não vivi...