sexta-feira, 25 de setembro de 2015

a resposta:

Meu DeusMeu DeusPor que me abandonaste
(salmos 21:1)

– me tirastes do barro
  e então me abandonaste...

 te fiz de pó
  mas à lama voltastes
  quando Minha voz
  não mais escutastes
  e agora Me acusas
  e te considera a sós
  quando em verdade
  desprezastes o Nós
  e se afundastes em vaidade
  e agora, em culpa,
  consideras muito tarde.
  retoma teu caminho
  e encontrarás a felicidade


se olhares demasiado tempo dentro de um abismo, o abismo acabará por olhar dentro de ti
(Friedrich Nietzsche)

terça-feira, 15 de setembro de 2015

pascaliana

razão,
minha cara razão,
pelos poetas desprezada
em contraste
ao coração,
pelo imaginário
renegada
por não levar à ilusão,
pelas pessoas
ignorada
por não assistir
a emoção.
razão,
minha cara razão,
à ti
- e só à ti -
dedicarei meus sentidos
meus poemas
- que te livrarão
  do olvido -
e minha total
devoção.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

poeminha politiqueiro e marítimo pseudo-existencial

nadando de rumo-encontro
ao desconhecido marino-eclipse
sem nunca alcançar o fundo
exploro a superfície
desse vasto-escuro mundo
de letras que mal me salvam
do que me mal me perde,
em plena-luz
nessa plena-selva
de plenos-poderes