sábado, 28 de março de 2015

às 17 horas
o céu desatou a nublar
na rua, as senhoras,
correram para suas casas:
as portas fechar
as roupas no varal a catar
o menino caçula a ninar.
minha mãe previu:
'hoje cai tempestade'
então escureceu
e toda a cidade
virou um breu
- sem eletricidade,
uma imensa catástrofe.
lá fora,
um maior temporal
dentro de mim, agora
(depois de lavar a alma
 e esperar secar,
 com calma)
faz um baita sol
enquanto vejo a chuva cair
no meu calor,
debaixo do lençol.

quarta-feira, 4 de março de 2015

prelúdio de um coração, que quer continuar na solidão.

[tua mão
 na minha
 mão
 não me causou
 um comichão
 ou ofegou
 minha respiração,
 muito menos
 acelerou
 meu coração.
 era
 - apenas -
 tua mão
 na minha
 mão]